No mês de novembro, especificadamente no dia 30, se comemora o dia do síndico.
Este com certeza foi o ano que mais exigiu dos síndicos. Além de todas as responsabilidades do dia a dia de gerenciamento de conflitos, responsabilidade civil e criminal, e o atendimento ao artigo 1348 do CC, os síndicos se depararam com decretos e restrições ocasionadas pela
pandemia (COVID19).
O que gerou conflito em vários condomínios, obrigando o síndico a mostrar suas habilidades de gerenciador de conflitos, mesmo com o respaldo da lei 14010/2020, muitos não suportaram a pressão e acabaram renunciando aos seus mandatos.
Sobre liderar o condomínio no ano de 2020, foi matéria de muita paciência e habilidade, muita conciliação e convencimento aos moradores para que reinasse o bem coletivo.
Interditando salão de festas, churrasqueiras, piscinas e quadra poliesportiva, conforme determinavam muitos decretos estaduais e municipais, que não agradou grande parcela de moradores, que estavam trancados em seus apartamentos e reféns de seu psicológico.
Encontrando assim um escape no tempo extra, aquela reforma planejada, ou a decoração que ficou no esquecimento, já que não havia tempo para acompanhar todo o processo. Mas agora em casa, é o que resta.
Liberar ou não liberar obras e reformas? Outro assunto delicado para ser tratado pelo síndico. Nunca ouvimos tanto a palavra “Home Office” como neste período, e muitos aderiram a este novo formato de trabalho, pois não ouve outras opções a não ser trabalhar em casa.
Com seu ônus e bônus, claro! Pois alguns foram obrigados a adotar esse método de trabalho, outros resolveram aproveitar para fazer barulho, fazer obras, manter os filhos concentrados com as aulas online, e os ânimos exaltados tanto dos moradores quanto do síndico.
O condomínio residencial x condomínio comercial, regimentos em conflito e tudo isso num período muito curto, trazendo mudanças radicais a nossa realidade daqui pra frente.
E aqui fica a pergunta: 2021 teremos mais síndicos ou teremos síndicos melhores?